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3 de maio de 2023

Ricardo Alban é eleito para a presidência da CNI

CNI FIEB Nacional

À frente da Federação da Bahia deste 2014, Ricardo Alban foi eleito para a presidência da CNI, nesta quarta-feira, dia 3 de maio, em Brasília. Ele toma posse dia 31 de outubro

Ricardo Alban, eleito para a presidência da CNI, faz discurso após a proclamação do resultado Foto: Gilberto Sousa/Agência CNI

O empresário Ricardo Alban foi eleito nesta quarta-feira (3) para um mandato de 4 anos à frente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Atual presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), ele vai assumir a Presidência da CNI no dia 31 de outubro, quando se encerra o mandato do atual presidente, Robson Braga de Andrade. A chapa de Alban foi eleita por unanimidade e é composta por cinco vice-presidentes executivos.

Os cinco eleitos para os cargos de vice-presidente executivo, na eleição realizada na sede da CNI, em Brasília, representam as indústrias de cada uma das regiões do país. São eles: Josué Gomes da Silva, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP); Ricardo Cavalcante, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC); Jamal Bittar, presidente da Federação das Indústrias do Distrito Federal (FIBRA); Antonio Carlos Silva, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM); e Gilberto Petry, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS).

Todos os 27 presidentes de federações estaduais da indústria têm direito a voto na eleição da CNI. A votação aconteceu ao longo desta manhã, com as presenças das lideranças industriais de todos os estados.

“Nossa missão é representar e defender os interesses de todos os industriais brasileiros, do pequeno ao grande, do Norte ao Sul, da agroindústria à ciber indústria. Minha experiência em gestão e no apoio à inovação e energias limpas será a base para o nosso trabalho na CNI”

Ricardo Alban, presidente eleito da CNI

Após o anúncio do resultado, Ricardo Alban declarou que sua eleição representa a união de todas as federações das indústrias do país em torno de um projeto de revitalização do setor, aproveitando este momento único da conjuntura nacional e global. “Nossa missão é representar e defender os interesses de todos os industriais brasileiros, do pequeno ao grande, do Norte ao Sul, da agroindústria à ciber indústria. Minha experiência em gestão e no apoio à inovação e energias limpas será a base para o nosso trabalho à frente da CNI”, destacou Alban.

Ele acrescentou que até a sua posse, em outubro, vai intensificar ainda mais o diálogo interno e externo para começar a gestão focada em resultados concretos para a indústria brasileira. “Trabalharemos para materializar o apoio à indústria já manifestado pelas lideranças políticas nacionais e regionais. Assim, a indústria brasileira poderá ampliar sua contribuição para o Brasil alcançar novo patamar de desenvolvimento econômico e social. Não há grande país no mundo sem uma grande indústria. É isso o que todos nós queremos”, concluiu.

Presidente da CNI, Robson Braga de Andrade elogiou a atuação de Alban à frente da FIEB e disse ter a convicção de que ele terá um mandato pautado no fortalecimento do setor e na continuidade da retomada da indústria brasileira. “Desejo boas-vindas ao Ricardo Alban. Estamos prontos para um processo de transição produtivo”, afirmou. “Tenho certeza de que ele vai liderar um trabalho focado no crescimento da indústria e na superação de desafios, construindo uma agenda cada vez mais próxima da base industrial e do poder público”, completou Robson Andrade.

“Tenho certeza de que ele vai liderar um trabalho focado no crescimento da indústria e na superação de desafios, construindo uma agenda cada vez mais próxima da base industrial e do poder público”

Robson Andrade, presidente da CNI

O atual presidente da FIEB é o segundo industrial baiano a ser escolhido para dirigir a Confederação. O primeiro foi o empresário industrial e deputado federal Augusto Viana Ribeiro dos Santos, mais conhecido como Augusto Viana, que presidiu a CNI entre 1954 e 1956.

Aos 63 anos, e à frente da FIEB desde 2014, quando se elegeu primeiro vice-presidente, na chapa liderada por Carlos Gilberto Farias, Ricardo Alban assumiu a presidência, após a morte do empresário. Em 2018, foi eleito para dirigir a FIEB e o Centro das Indústrias do Estado da Bahia (CIEB). Em 2022, renovou o mandato, reeleito para o quadriênio 2022-2026, e agora concorre à presidência da entidade nacional da indústria.

Ricardo Alban tomará posse em 31 de outubro na presidência da CNI Foto: Michelle Fioravanti / Agência CNI de Notícias

REALIZAÇÕES

Sob a liderança de Ricardo Alban, a FIEB ampliou sua atuação, expandindo suas atividades para o interior do estado. Foram realizados investimentos na construção de Unidades Integradas do Sistema FIEB nas principais cidades do interior, levando os serviços e o know-how de inovação do SESI, SENAI, IEL E CIEB.

Neste esforço para se aproximar mais do empresariado do interior da Bahia, e que também teve como foco o suporte ao pequeno e médio empresário industrial. A FIEB abriu escritórios em várias cidades com o objetivo de apoiar os empresários em questões ambientais, regulatórias e de crédito. A iniciativa foi potencializada graças a parceria com o Sebrae que permitiu ainda mais ampliar a presença da entidade no interior por meio dos Núcleos de Serviços FIEB-Sebrae.

INOVAÇÃO

Com uma aposta na inovação e atualização tecnológica, a gestão de Ricardo Alban foi marcada pelo incentivo à implementação da indústria 4.0, começando pela transformação digital dos processos e produtos de dentro para fora.

As entidades do Sistema FIEB foram estimuladas a investir na automação e a criarem hubs de serviços baseados em gestão de dados e sistemas de gestão avançados, nas mais diversas áreas, modernizando os processos de gestão. Como resultado destas diretrizes, na FIEB, a inteligência artificial foi introduzida nos processos corporativos até o final do ano deverá ter 15 robôs em atuação.

Outros focos da gestão Ricardo Alban foram o incentivo à Pesquisa & Desenvolvimento e energia limpa. O investimento mais recente foi trazer para a Bahia um núcleo do Observatório da Indústria, sediado na FIEB, que está em fase de implantação. O serviço vai subsidiar o setor com informações estratégicas utilizando big data e outras ferramentas avançadas de dados.

Por meio do Cimatec, Cimatec Park e outras iniciativas como adesão ao Pacto Global, a FIEB contribuiu para criar na Bahia um hub para a nova indústria, baseada em inovação, P&D e energia limpa.

Nesse contexto, destaca-se o Cimatec Park, inaugurado em 2019 numa área de 4 milhões de m² no Polo Industrial de Camaçari, com investimentos de cerca de R$ 100 milhões, à época. O hub tecnológico abriga, dentre outros, o principal complexo de inovação da Ford: o Centro de Desenvolvimento e Tecnologia do Brasil.

Seguindo as principais tendências no mundo em termos de transparência e responsabilidade social, com base nos princípios do ESG, a FIEB, signatária do Pacto Global, vem adotando práticas ambientais sociais, de governança corporativa e de investimento que se preocupam com critérios de sustentabilidade. Isso inclui a realização de investimentos em energia solar, da ordem de R$ 6,6 milhões, nas unidades do Sistema Indústria da capital e do interior do estado.

BIOGRAFIA

Formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal da Bahia, e Administração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas da Bahia, Alban trabalhou no Citibank no início dos anos 1980 e, desde 1987, é sócio-diretor da Biscoitos Tupy, tradicional fábrica de alimentos baiana fundada por sua família.

Ao longo de sua trajetória profissional, sempre se dedicou a promover a indústria por meio de participação ativa em entidades empresariais e de desenvolvimento regional.

Ele é vice-presidente da CNI (gestão 2018/2023); vice-presidente da Associação Nacional da Indústria de Biscoitos; presidente do Sindicato da Indústria do Trigo, Milho, Mandioca, Massas Alimentícias e de Biscoitos do Estado da Bahia; membro do Conselho Nacional do SESI; membro da Associação Nordeste Forte; membro titular do Conselho Diretor do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT); membro do Conselho de Administração da Renova, do Conselho de Administração da Cetrel e do Conselho Consultivo Agro da Unigel desde janeiro de 2023.

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